[quarta-feira, 27 de maio de 2009]
Sinto meu rosto... sinto o vento nele... não um vento forte... mais uma brisa... uma brisa infuda... que nem sei onde se forma... me sopra... e de um único arremate... me toca... me muda... gira minha bússola... toma-me o mapa... me deixa confuso... a brisa deixara a pele mais sensível... senti tal brisa como nunca havia sentido antes... milhões de pensamentos me passam neste momento... milhares... mal consigo transcrevê-los... traduzi-los em palavras... sábio aquele que com uma metáfora descreve o indescritível... cuidado! duas metáforas dispostas e pronto... talvez você apaixone alguém... ou talvez faça te odiar... uma simples e mera metáfora e ali estamos... diante de um impasse... no entanto... cato alguns pensamentos... teço a minha história... fio a fio... entrelaçando-os numa ordem única... ordem peculiar... ordem que nem eu sei qual é... o acaso puxa um fio... o destino põe outro... e vai se formando... um tecido único... não necessariamente especial... mas único... não existirá outro igual... interessante é querer ser único... diferente... respeito os que não acreditam em destino... eu mesmo não acredito 100% nele... afinal você precisa querer... correr atrás... quero preservar os valores que pra mim são verdadeiros e sinceros... vou em busca da minha integridade... nada de imitações... quero ser eu mesmo... aquele que ama... que odeia... que entra em latência... mas que em seguida arde em chamas... aquele que promete... aquele que cumpre... sei que não sou o melhor... longe disso... mas tento colocar o melhor de mim... em tudo o que faço... na verdade... em tudo que quero fazer... não agrado muitos... não tenho essa intenção... minha intenção não é ser coerente... desista de exigir coerência... o mundo é um conjunto de acasos incoerentes... "agregados sensíveis"... ou talvez o que muitos chamem de obra de arte... duas pincelados dispostas ao acaso... dois corpos que se dispõem... duas frases interpostas... duas pétalas ao vento... à brisa... dois segundos em que titubeamos... duas vidas que se cruzam... dois momentos eternos... aos pares as tramas vão se construindo... e aos pares também vão padecendo... incompreensível... mas bem vísivel... o silêncio que inquieta... o silêncio que nos tira o sono... horas que se passam... recortes de uma época da vida... recortes estranhos... apenas recortes... sem sentido... como uma brisa qualquer... a qual me faz pensar milhões de coisas... e unir pontos dispersos... sem coerência... whatever... não precisa fazer sentido... não pra ninguém... muito menos para mim!
postado por thiago** em algum momento de sanidade às 08:13
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