.:: EU SOU ::.

simples*
complicado*
calmo*
nervoso*
tenso*
denso*
intenso*
sem senso*
imenso*
um ponto*
um tonto*
e pronto*
tudo*
nada*
preto*
branco*
vinho*
água*
bobo*
contrário?*
eu?*
nada...*
impressão sua!*

Pareço ser NORMAL?
Deixa... deixa parecer...
vai acreditando... vai... XDD

.Nome: Thiago
.Idade: 25
.MSN: nein, danke!


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[quarta-feira, 30 de abril de 2008]

I'M A MARDY BUM.

Now then mardy bum... I see your frown... and it's like looking down the barrel of a gun... and it goes off... and out come all these words... oh there's a very pleasant side to you... a side I much prefer... It's one that laughs and jokes around... remember cuddles in the kitchen... Yeah, to get things off the ground... and it was up, up and away... oh, but it's right hard to remember... that on a day like today when you're all argumentative... and you've got the face on... well now then Mardy Bum... oh I'm in trouble again, aren't I... I thought as much... cause you turned over there... pulling that silent disappointment face... the one that I can't bear... yeah I'm sorry I was late... well I missed the train... and then the traffic was a stat... but I can't be arsed to carry on in this debate... that reoccurs, oh... when you say I don't care... well of course I do, yeah I clearly do... And you've got the face on!

Because there will always be a side in the other that more liked... a side that is us more pleasant... a side that we preferred... because discussions are always avoided... why stockings words are not enough... because there times... times that we didn't leave a good-bye for who leaves... and for we care... and sooner or later.. we will have to lift... and look in the mirror... to shake the dust... and now... yeah... we have to face the reality... good-bye... everything so perfect... it was... it was everything so perfect!

BUT NOW... NOW WE HAVE TO FACE! x~


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 01:18

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[terça-feira, 29 de abril de 2008]

SEGUNDO.

Apenas um segundo... por um segundo tudo que cuidamos... que cultivamos... por apenas um segundo... tudo pode ir embora... sabe quando vc sabe o que tem que fazer... mas a vida te mostra um outro caminho... sabe quando todos sabem o que vc deve fazer... mas vc... vc apenas não aceita o caminho... olha as placas na estrada... e resolve pegar caminhos diferentes... assim minha vida tem sido... resolvi pegar um outro caminho... talvez na contra-mão... talvez num caminho engarrafado... mas tenha certeza... não foi o caminho mais fácil pra ser escolhido... mas não quer dizer que não seja o melhor... andar na contra-mão exige habilidade... exige atenção... roda e vira vc tem que se desviar das coisas no caminho... mas o que importa... o que importa é que vc sabe que esse caminho... foi vc quem escolheu... apontou o dedo e disse... é por ali que vou... se não der certo... depois é só ter humildade e dar meia volta... mas e se for este o melhor caminho... a felicidade nem sempre está nos caminhos mais fáceis... escolhi o caminho mais difícil... não sei porque... talvez fosse mais fácil andar na constância medíocre que andava... mas melhor... melhor é seguir o coração... e fazer o que de fato queremos... e lá vou eu... apenas um segundo... e foi nesse exato segundo que mudei tudo o que eu queria... dei a volta... olhei em volta e sigo meu caminho... o vento na cara... o som tocando uma música suave... e uma companhia que em nada me deixa pensar em outros caminhos... companhia que me faz saber que o caminho que eu escolhi... é o caminho certo... e assim eu sei... assim eu vou tendo certeza... julgado... lá vou eu... sendo julgado... mas vou sem medo... peito aberto... e venha o que vier... porque com vc sei que estou seguro... e sei que não adianta ficar com medo... afinal... meu medo era de perder... o que nunca tive... e esse medo... esse medo não tenho mais... rejeição... e todos as vezes são rejeitados... muitas vezes julgados... muitas vezes não... um segundo... e tudo muda em apenas um segundo... por isso que não pisco... não quero perder mudanças... mas eu quero mudar... quero ser mais eu... e menos os outros... não tenho grandes pretensões... mas ser feliz é uma grande pretensão... vivo minha vida em um segundo... pq sei que no segundo seguinte... no segundo seguinte já não sei mais... não sei... porque tudo muda... desde o segundo seguinte... ao segundo que descobri que gostava de vc... desde aquele segundo... eu sabia que era pra valer... sabia que algo mto sincero estava nascendo... e sabia... apenas sabia... e as vezes a vida nos enche de certezas tolas... não tolas... mas de certezas sem fundamentos... baseado em quê?? baseado em quê eu sabia??? na verdade... eu talvez queria que isso se tornasse realidade... e essa vontade... me fez saber... mesmo quando talvez não soubesse... mas eu sabia... eu simplesmente sabia... sabia que era diferente... sei que não é igual... assim como sei de milhares de outras coisas... que talvez vc... vc sequer acredite... mas acredite... eu sabia... desde aquele segundo seguinte... EU SABIA!


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 22:00

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[domingo, 27 de abril de 2008]

SILÊNCIO QUE NÃO CALA.

Dia cansativo... e a cabeça... a cabeça dói... aquele silêncio... maldito silêncio... ainda o consigo ouvir... quero o barulho... o grilo... o grito... o freio... a buzina... o barulho de uma multidão inquieta... que seja... mas o silêncio... ahhh... ainda posso ouví-lo... tapo os ouvidos... me ponho a cantar... cantar alto... e ainda o posso ouvir! rolo na cama... o sono não vem... e o silêncio... ainda lá... incólume... intocável... me tirando o sono... me sento... e penso... seria necessário o silêncio??? tão necessário... que não o tenho quando desejo... e o tenho quando quero algo ouvir... a noite passa... fiquei sentado... pensando na imagem da noite anterior... vento frio... agasalho fechado... e os olhos fitando o céu... e eu ainda posso ouvir... um brado surdo... uma luz ao alto... um andar disforme... mas eu estava sozinho... talvez... talvez o silêncio me acompanhasse à distância... apenas me olhando... como quem espera o momento certo para se mostrar... o dia amanhece... e em nada mudo... amanhece... e só aí eu entendo ao calar o grito e escutar o silencio... que não adianta tentar segui-lo... é melhor apenas se entregar ao silêncio...


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 12:39

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[sábado, 26 de abril de 2008]

FALSAS IMPRESSÕES.

Já me iludi... já me enganei... me enganei com quem eu julgava ser a pessoa mais correta... e me surpreendi com pessoas as quais julguei não serem as melhores... as melhores para conversar... ou manter contato... sim sim... já julguei... me arrependo... a vida é assim... mas que credibilidade tenho eu?? nenhuma... nem mereço credibilidade... mal resolvo os problemas da minha vida... quem sou eu... para querer construir verdades... minha casa quero de vidro... para abrigar meu eu... de vidro... muito embora eu seja de vidro... ainda sinto uma casca me revestindo... não sei se sujeira... que grudou ao vidro ou se algo que sempre esteve lá... querendo me tornar opaco... uma casca... que mostra algo que não sou... talvez seja útil... talvez proteja o vidro... para que assim... eu não perca tantos pedaços... e tantas lascas... no caminho... mas talvez... isso possa me prejudicar... talvez acabe sendo julgado... lembro de minha mãe... perguntando... "cadê meu filhinho??"... cresci... e talvez tenha me tornado diferente... não por dentro... amo ela... meu pai... minha irmãzinha... mas talvez não expresse isso como deveria... com minha mãe... me abro... beijo... abraço... digo que amo... psicóloga... vai ver é isso... talvez... talvez não... e me lembro das discussões teóricas que temos... e do "ofício" que de certa forma nos une... muito embora acreditemos em linhas completamente diferentes... e me lembro dela e do meu pai querendo outra coisa pra mim... e minha vida me enche de falsas impressões... me enche de pensamentos que tenho que não condizem com uma realidade que me cerca... me sinto muitas vezes julgado... mal julgado... julgo... às vezes julgo... mas me permito... me permito mudar conceitos... pré-conceitos... rever conceitos que tentam se solidificar... mas que talvez estejam distorcidos... talvez a minha falta de experiência me faça parecer um bobo... uma criança que acredita em conto de fadas... mas talvez isso seja bom... talvez não torne meu coração uma pedra... egoísta que só pensa em si... metido... de nariz empinado... prefiro meu coração intacto... coração de criança... mas uma casca velha... que sabe que é melhor ter uma postura diferente para que não descubram seu coração mole... para que não descubram meu disfarce... mas logo... removo toda sujeira do vidro... logo tiro essa máscara de durão... de algo que talvez não seja... e dê as caras... será que a criança bondosa sobrevive nesse mundo falso e dissimulado??? nem sei... mas tentemos... melhor que fazer um papel a vida toda... vou voltar a ser o "filhinho" que tanto minha mãe pergunta... mas o que eu não entendo... é que mesmo minha mãe... não mais mostra a criança dentro dela... não só ela... mas a maioria dos pais... exigem algo... que eles mesmos perderam faz anos... e me pergunto cadê a mulher doce em minha mãe?? só vejo uma mulher que se faz doce... mas marcada pela vida... pelas alegrias... pelas decepções... assim como eu... mas não quero... me nego... não quero constituir uma máscara rídicula... e continuar vivendo com ela... abdico... cansado de ser algo que querem que eu seja... venho tentando ser eu mesmo... mesmo que isso... isso talvez não seja possível...


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 00:55

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2 MINUTOS DE PAUSA.

Às vezes preciso respirar... tarde longa... vista cansada... quem disse que seria fácil?? Pois é... ninguém... nem eu nunca me iludi... e lá vamos nós... sem pretensões de facilidade... mas com uma pretensão boba de objetivo alcançado... o que fazer depois que o sonho se realizar?? parar de sonhar??? o que fazer quando o desejo for realizado?? parar de desejar??? sempre tive quem desejasse por mim... quem sonhasse por mim... e me diziam vai por aqui... faz isso... e aquilo... mas um belo dia percebi que dessa forma não era eu quem desejava... eu realizava os desejos e sonhos alheios... estranho constatar isso... mas é o que acontece... melhor... o que aconteceu... não quero desejar pelos outros... melhor deixar que aprendam por si sós... tolher... e as pessoas que sabem tolher... não suportam serem tolhidas... é difícil quando perdemos os objetivos de nossas vidas... e passamos a nos projetar... não quero projetar... quero realizar meus sonhos... viver minha vida... e não a vida de ninguém...


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 00:54

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[segunda-feira, 21 de abril de 2008]

CASA DE VIDRO.

Minha casa... minha casa quero de vidro... porque nela... nela não quero esconder nada... quero de vidro... limpo... límpido... transparente... para que todos vejam... vejam tudo... porque o que sou fora dela... também o sou dentro... porque não preciso de máscaras nem de disfarces... porque minha face... minha face é esta... esta que vês... está que talvez não agrade... no entanto... a única que possuo... não preciso agradar... mas preciso ser eu mesmo... sincero... único... inconstante... instável... às vezes um forte... um porto seguro... às vezes uma estação montada às pressas... para abrigar sentimentos tolos... às vezes uma barricada mal feita... que nada bloqueia... momentos... e tudo que consigo ter são momentos... muitos me parecem uma vida inteira... muitos me recordo brevemente... outros... nem lembro... transparência... transparência que incomoda... não a mim... mas a quem vê... porque sempre é mais fácil ser opaco... porque sempre é mais fácil esconder o que se pretende não mostrar... o que se pretende escuro... mas minha casa... eu quero de vidro... para que a luz ilumine todos os cômodos... para que todos possam ver tudo... e para que nada faça sombra... porque as sombras... as sombras só escondem... só camuflam... sombras... e é bem mais fácil viver nas sombras... luz... e tudo que quero em minha vida é a claridade da verdade... medo... e tenho medo que sendo minha casa de vidro... mesmo sendo transparente... alguém lhe atire pedras... coração... e mesmo com medos... eu sigo meu coração... força... e é tudo que quero ter para continuar meu caminho... dificuldades... e eu sempre tento estar preparado paras as maiores dificuldades possíveis... possibilidades... e sempre existirão milhões de caminhos... mas somente um no qual vc será possivelmente feliz... olhos... e os meus eu fecho... e tento seguir o caminho no instinto do coração... mãos... e eu tento segurar tuas mãos com toda força que posso... para que não escorregue... mas morrendo de cuidado... para que não as machuque... pressa... e é melhor seguir sem pressa... do que se perder e atropelar as coisas no meio do caminho... pés... e sempre que preciso te levarei para longe... "com os pés dele"... os meus pés... e andarei sem pressa... para que vc admire a vista... a vista lá de cima... e agora... eu posso até sentir um onda de água morna nos pés... sentir minha calça molhar... sentir a brisa... e um sorriso tolo no rosto... rosto de quem não desiste... rosto de quem insiste... rosto de quem é de vidro... pois sempre que leva uma forte pancada um pedaço se cai... mas que mesmo faltando milhares de pedaços... ele continua firme... seguindo seu caminho... com um arrepio no pescoço... apenas duas pegadas... e toda sua vida nas costas...


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 08:31

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[quarta-feira, 16 de abril de 2008]

PARIS, TE AMO.



Francine. Je me souviens exactement. C'était le 15 mai, le printemps tardait, la pluie menacait et tu criait.

Et tu as été admise bien sûr. Tu as quitté Boston pour enmenager à Paris. Un petit appartement dans la rue du faubourg Saint Denis. Je t'ai montré mon quartier, mes bars, mon école. Je t'ai présenté mes amis, mes parents. J'ai écouté les textes que tu répétais. Tes chants, tes espoirs, tes désirs, tes musiques. Tu as écouté la mienne, mon italien, mon allemand, mes brides de russe. Je t'ai donné un walkman, tu m'as offert un oreillé. Et un jour, tu m'as embrassé. Le temps passait. Le temps filait. Et tout paraissait si facile, si simple. Libre. Si nouveau et si unique. On allait au cinéma. On allait dancer. Faire des courses. On riait. Tu pleurait. On nageait. On fumait. On se rasait. De temps à autre tu criait. Sans aucune raison. Ou avec raison parfois. Oui, avec raison parfois. Je t'accompagnait au conservatoire. Je révisait mes examens. J'écoutait tes exercices de chant, tes espoirs, tes désirs, ta musique. Tu écoutait la mienne. Nous étions proches, si proches, toujours plus proches. Nous allions au cinéma. Nous allions nager, rions ensemble. Tu criais. Avec une raison parfois. Et parfois sans. Le temps passait. Le temps filait. Je t'accompagnait au conservatoire. Je révisait mes examens. Tu m'écoutait parler italien, allemand, russe, français. Je révisait mes examens. Tu criais. Parfois avec raison. Le Temps passait, sans raison. Tu criais. Sans raison. Je révisait mes examens. Mes examens, mes examens... Le temps passait. Tu criais. Tu criais, tu criais... J'allais au cinéma.

Ahhhh, PARIS!


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 14:34

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[terça-feira, 15 de abril de 2008]

ROSA.

desabrocha... e sem que eu menos espere... se faz linda... se mostra perfeita... a metáfora da rosa marca minha vida... linda... mas com espinhos... espinhos que remetem a vida... à realidade... que estão ali pra dizer: "não sou perfeita"... para dizer que se vc quiser estar com ela... apreender sua beleza... admirar o seu cheiro... terá que lidar com os espinhos... espinhos duros... fortes... que se vacilarmos... nos prendem como tenazes... que machucam... que dóem... mas que se estivermos dispostos... e se realmente acharmos que vale a pena... teremos cuidado... não nos machucaremos... e muito menos iremos machucar a rosa... apenas cuidaremos dela... nada de arrancar espinhos... pra mim... isso é o mesmo que matar a rosa... minha rosa... deixo-a livre... observo-a... admiro-a... mas quando os espinhos ficam mais duros... olho-a de longe... com aquele ar preocupado... de quem sabe que ela não tá bem... mas de quem também sabe que ela precisa de espaço... mas também precisa saber que estou de longe... mas não por ser indiferente... mas sim... porque respeito-a... e isso talvez reconforte-a... talvez não... afinal... boas intenções nem sempre são suficientes... muito embora... ela saiba que seu admirador... o admirador de suas pétalas... é cuidadoso... preza por ela... e gosta muito dela... talvez isso a faça mais feliz... faça com que o tempo pare... e ela pare de pensar nas coisas ruins... e feche os olhos... e imagine somente seu admirador... pegando-a... se sente as mãos nos espinhos... e é feliz... por saber que alguém com tal coragem e respeito existe... e existe por ela... e eh feliz com ela... e por ela... e de tanto repetir isso... talvez canse a rosa... mas acredito que não... talvez... e as vezes dúvidas surgem... mas rego minha rosa com o coração... com sinceridade... com carinho... e assim... desejo que ela possa ser uma rosa feliz... uma rosa que as vezes abre os espinhos... porque ele é real... pq tem medos... pq tbm se irrita... simplesmente pq ela é viva... mas sabe também que alguém olha por ela... timidamente... ao alto... protege-a... mesmo podendo se ferir... e nada teme... só teme uma coisa... que a rosa se machuque... isso... isso ele nunca permitiria... pq pior que um corte eu seu ventre... é uma pétala arrancada da rosa... da tua rosa... da minha rosa!


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 21:08

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INSTANTES.

Se eu pudesse viver minha vida novamente,
A próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito: relaxaria mais,
Seria mais tolo do que tenho sido e, de saída
Levaria mais a sério pouquíssimas coisas.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, faria mais viagens,
Contemplaria mais entardeceres,
Subiria mais montanhas, nadaria em rios,
Iria a lugares onde nunca estive antes,
Comeria mais doces e menos verduras,
Teria mais problemas reais,
E menos problemas imaginários...
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e proficuamente cada minuto de minha vida
E, é claro, em meio disso,
Tive certos momentos de alegria.
Mas, se eu pudesse voltar atrás,
Trataria de ter somente bons momentos.
Pois, se não sabes, é disso que a vida é feita
Momentos......
E não perca por favor, nunca o aqui e o agora.
Eu era um desses que não iam a nenhuma parte,
Sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
Um guarda-chuvas e um pára-quedas.
Se eu pudesse voltar a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
Começaria por andar descalço
desde o início da primavera
E seguiria assim até terminar o outono.
Daria mais voltas pelas pequenas ruas,
Contemplaria mais amanheceres
E brincaria com mais crianças,
Se eu tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas perceba... tenho oitenta e cinco anos...
e sei que estou morrendo.

Jorge Luis Borges, o escritor argentino
(1899-1988), escreveu este texto-testamento,
doze dias antes de morrer.


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 13:31

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[segunda-feira, 14 de abril de 2008]

IDEAIS.

O que restou?? o que vai restar?? o que sobrou??? o que irá sobrar?? nunca sabemos... talvez... talvez sobrem apenas detalhes... detalhes importantes... uma inscrição na lápide... um sonho interrompido... não porque queremos... mas porque talvez o destino assim o quis... um velho carrancudo... com chistes insuportáveis... uma foto... a lembrança de um rosto... a lembrança de um momento... um copo... uma fita... uma gota de molho no rosto... um pouco de água morna nos dedos... um pouco de água na testa... um pouco de sonhos vazios... sonhos que não se concretizaram... sonhos interrompidos... e assim por diante, e assim por diante... antes de sermos esquecidos, seremos transformados em um ideal estético... um ideal de que tudo foi perfeito... apenas um ideal... afinal... o ideal estético é a estação intermediária entre o ser... entre aquilo que é... e o esquecimento... aquilo que não se lembra mais... aquilo que se foi... e assim... destruo meus ideiais... e vivo de momentos... vivo de bons momentos... e sonho... sonho menos... e sou feliz com o que me é proporcionado... feliz com pouco?? nunca! afinal... o que me é proporcionado é o suficiente... mais que suficiente... me é essencial... essencial em peso... e em leveza... porque me sinto leve... me sinto fora do corpo... como que vê... que a vida é pouco... pouco pesada... que pode se desmanchar no ar a qualquer momento... mas viver fora do corpo não é tão legal... melhor menos é viver nos confins desta coisa que envelhece... que apodrece... que morre... que suga nossa alma... que traga nossa vida... e assim velhos estaremos com a alma cansada... com o peso da vida... com o peso do corpo... que não nos deixa ser leves... leves como dantes... flying away... acima do oceano... e vendo que a vida... não precisaria de um corpo... mas o corpo é que nos impõe limites... voltei para meu corpo... muito embora odeie limites... meu corpo não cabe o que sinto... talvez se eu fosse gordo... talvez... besteiras... dizemos sim besteiras.... assim como a dita agora a pouco... muito embora... seus beijos sejam vermelhos... muito embora eu seja um cara feliz... muito embora eu custe e entender que meu corpo me prende... mas nem por isso deixo de ser feliz... sinto cada momento... vivo cada segundo... embora saiba que nem tudo é eterno... mas minhas promessas sempre serão... pretensas... cheias de pretensões... eternidade que o corpo ceifa... mas a alma... alma alimenta... e no fim... mto embora esteja bem alimentada... a eternidade acaba... junto com o corpo... que sendo fraco... e sendo egoísta... se acaba... e consigo leva a alma... mas enquanto isso não acontece... seja feliz... e me faz feliz...


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 21:39

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[segunda-feira, 7 de abril de 2008]

.EXPECTATIVAS

Porque as criamos? porque as temos? e ainda não sei o porque de tudo isso... falsas expectativas... expectativas frustradas... paixões... coisas que achamos gostar... coisas que esquecemos num piscar... assim vivemos... aprendemos... apreendemos... outros não... outros sim... pior para os que nada tiram... de todas as portadas da vida... vida que abre muitas portas... mas que ao mesmo tempo fecha muitas outras... vida... e ainda não entendo o que isso significa... e mesmo dessa forma ainda consigo tentar deduzir o que dela posso levar... mesmo assim... sem muito entender... e muito tentando... tentando pegar... pegar palavras... palavras soltas... fecho os olhos e vejo-as flutuando... como um caçador de borboletas... vejo-as... escolho as mais bonitas... as que melhor me satisfazem... e as prendo... e as grudo no papel... faço-as prisioneiras... quantas já prendi??? perdi as contas!!! quantas ainda irei prender??? nem sei!!! as mais bonitas... presas... não mais flutuam... não mais voam soltas... não mais... sentido??? e o que faz sentido?? nada... repito... NADA... pessimismo... e muitos dizem que o tal brincalhão é pessimista... muitos esquecem que ele tem um coração... coração mole... coração... quem tem... sabe bem o que eu tento dizer... sabe bem... muito bem... engraçado... não me sinto engraçado... não agora... não quando escrevo... o risonho fica a porta... enquanto o escritor que muitas vezes já disse.... canhestro... toma vez... se presentifica... se faz presente... diz que existe... foge dos tolos... corre de todos... e cria expectativas... imagina o que vão imaginar... sonha com as críticas que receberá... e se faz de bobo... inútil... escreve não para dizer o que sente... mas para dizer o que sentem... tenta pegar as palavras que traduzam expectativas... expectativas de pessoas as quais não conhece... expectativas que ele próprio cria... recria... cria... torna a recriar... e continua... todos esperam algo... todos! algo daquilo que fazemos... daquilo que somos... de uma palavra que dizemos... nada é dito por ser dito... tudo tem um certo propósito... e expectativas nascem de palavras não pensadas... e frustrações se mostram pelo simples fato de que não se soube esperar... ahh espera... esperamos demais... pensamos demais... mal do homem... pensar... sonhar... abstrair... achar que tudo pode ser como sua cabeça te diz... como seu pensamento monta... como seu pensamento se forma... e ainda assim... nada se forma... pessimista... e muitos me acham pessimista... talvez seja a falta de um amor... talvez... seja apenas um coração que bate... bate por bater... bate sem ngm... talvez... e isso... e isso talvez um dia eu descubra... mas talvez... talvez não!


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 21:51

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[sábado, 5 de abril de 2008]

.TEMPO

A planta não cresce mais rápido porque assim queremos... é necessário regar... poldar... cuidar... paciência... nada na vida vai mais rápido porque desejamos... nada! acredite... nada! tudo tem seu tempo... tudo... e tentar pular o tempo necessário... só fará com que a ordem natural das coisas seja rompida... e isso... isso não fará com que as coisas sejam melhores... muito pelo contrário... talvez só atrapalhe tudo... talvez só deixe as coisas piores... tempo... o tempo é necessário... bom... ruim... bem... mal... ele é necessário... é preciso que esperemos... esperemos até o momento certo... para que enfim... tenhamos o que desejamos... desejo?? muitos! paciência?? pouca! e dessa forma... toco a vida... como quem quer que todos os meus desejos... tudo que sonho... se realize... as coisas não são fáceis... nunca foram... nem nunca vão ser... obstáculos... e sempre que vejo algo que quero muito... diante dos olhos... sempre que vejo algo próximo a mim... algo que desejo... me aparecem milhares de obstáculos a serem transpostos... mas eu corro... sigo... firme e forte... me livro dos obstáculos... muito embora alguns deles me deixem marcas... muitos resvalem... muitos me deixem feridas... obstáculos que cortam... cortam como lâminas... não desisto... sequer olho o ferimento... raso... fundo... sei lá... olho meu desejo... olho meu sonho... e corro... corro em tua direção... mesmo que o nado seja mais fraco que a correnteza... não desisto... cada braçada... um sacrifício... cada sacríficio... uma possível vitória... cada vitória... um novo sentido... uma nova crença... crença em dias melhores... em momentos felizes... felicidade que me foge... que esse ano... "no mather what"... eu irei buscar... perto... longe... não encontrou? continue procurando! Eu sabia que não seria fácil... mas não fazia a menor idéia de que eu teria que me ferir tanto no caminho... meu coração não é uma pedra de gelo... muito menos uma rocha... eu sinto cada ferida... muito embora... ignore as dores... para que eu não cesse meu caminho em busca dos meus sonhos... dos meus desejos... muito embora... isso não faça com que eu sinta menos dor... cinicamente eu as sinto... finjo serem sperficiais... no entanto... carregam uma profundidade terrível... otimismo... sempre tento ver o lado bom das coisas... e esse ano... não vou entregar os pontos... não assim... não tão fácil... nunca estive tão certo... tão convicto de meus desejos... dos meus anseios... e sigo em frente...

(...continua)


postado por thiago** em algum momento de sanidade às 19:12

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