[sexta-feira, 14 de dezembro de 2007]
.NATAL
Posso ser um exagerado... nunca fui muito de espíritos natalinos... nem de muitas animosidades com o natal... talvez meu corpo não se instigasse com o “cheiro” do natal, talvez as cores não me façam muito sentido... talvez o natal não me faça muito sentido... o que se comemora no natal? Talvez um culto a falta de tempo... eu sempre pensei que fosse um crime... viver tão pouco tempo a ponto de irmos embora justamente no melhor da vida... justamente quando achamos saber um pouco mais... mas a vida é muito curta... não se tem tempo... tempo... e o tempo passa... os anos entram... saem... e achamos saber um pouco mais... e aos 40 sei que vou desejar ter aquela mentalidade dos 40... condensada... sublimada... cristalizada... e ávida por novos sentidos... significados novos.... sei ki vou desejar ter aquela mentalidade com a idade ki tenho hoje... com os 22 anos de vida que me parecem meros 20 segundos... dos quais me recordo em detalhe apenas os segundos finais... tempo insosso... indolente das horas... quanto mais o quero.. menos o tenho... quanto mais o tenho menos o desejo... e penso ser pouco... 1 vida... tantos desejos... paixões de uma vida curta... um gata... um rato... um namoro... exemplos de coisas que passam... não por serem curtas... mas por que a vida é curta... pq sei que não farei metade das coisas que planejo... e pra que planejar?? Vivo de planos... meu maior erro! Meu maior erro é achar ki posso planejar os passos... saber onde pisar... e o que é a vida??? Alguém já tivera essa sacada... que antes não me fazia nenhum sentido... mas que hoje me faz entender que a vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o que faremos dela... mais planejamos que vivemos... mesmo aqueles que dizem viver o momento... planos e eu me vejo às voltas com os meus malditos planos... planos de uma velhice sadia... mas quem disse ki quero ser velho?? Quem disse que quero envelhecer? Viver a vida... e eu ainda não sei o que é isso... me vejo às voltas com ela.. brigo.. discuto e não saio do lugar... Natal... viver o momento aproveitar os que te amam... amar os que te odeiam... e as pessoas vivem um tal de espírito natalino que não vejo sentido... se fazem caridosas... e há tempo pra isso? Porque no natal? Porque não todos os dias? Falsidade... a consciência nunca lhe sai da cabeça a ponto de ser uma consciência do todo... eu preciso ser rico... eu preciso... ser isso... e no natal durante alguns dias aquele ambicioso se torna complacente... passivo... passível... e os dias passam... e um ego maior que o ser volta a ocupar o “caridoso” natalino! Tristes horas... horas sem fim... vivo a vida para ver isso... ignorância alheia que me tira o sono... sonho pedaços do meu dia... dia longo... dia cheio... e vejo que de mim... nada sobra... sentidos... sentidos misturados... mudados... amalgamados em meus ossos... me sinto uma fábrica de sentidos e de fato o sou... busco minha essência... nunca encontro... essência transitória... que morre e renasce... nada de metáforas com fênix... mas renasce porque é um constante mudar... sentidos.. essência... cada sentido que crio... me muda em essência e hoje nada sou do que fui quando criança... criança tola... mas com uma essência de sentidos fantasiosos... melhores do que os atuais... vejo um lugar sem conserto... e espero sair daqui antes que a coisa desande de vez...
postado por thiago** em algum momento de sanidade às 21:49
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